O Fiagro RURA11 registrou resultado líquido de R$ 21,7 milhões em outubro, acima dos R$ 20,8 milhões de setembro, alcançando o melhor desempenho em dez meses. O avanço foi sustentado por receitas de R$ 23,8 milhões no período, com foco em crédito rural, reforçando a estratégia de diversificação e gestão ativa de risco.
Os dividendos do RURA11 permaneceram em R$ 0,11 por cota, mesmo valor do mês anterior. Com base na cota patrimonial, o dividend yield anualizado foi de 13,6%,. Em termos de mercado, a precificação de outubro elevou o DY para 17,2%, com isenção de IR para investidores pessoas físicas, mantendo a atratividade do produto no cenário atual.
A carteira encerrou outubro com 92% do patrimônio exposto a operações de crédito rural, distribuídas em diferentes culturas e regiões, somando 64 devedores. Essa pulverização contribui para mitigar riscos climáticos e de preço.
Durante o mês, a gestão realizou nova alocação no Fiagro Ubyfol, estrutura lastreada em recebíveis de clientes diversificados de uma companhia de fertilizantes especiais. Essa alocação busca capturar spreads atrativos e reforçar a qualidade de garantias, alinhada à tese do fundo de financiar elos estratégicos da cadeia do agronegócio.
RURA11 aponta cenário macroeconômico desafiador
A Itaú Asset, gestora do RURA11, aponta retração na oferta de crédito no setor: entre julho e outubro da safra 2025/26, o crédito rural liberado ficou R$ 36,4 bilhões abaixo do ciclo anterior, uma queda de 22%. Esse movimento pressiona margens, levando produtores a ajustar pacotes tecnológicos e recorrer a financiamento via distribuidores e fornecedores, com prazos e custos distintos dos bancos.
Mesmo diante desse ambiente mais desafiador, os produtores da carteira do RURA11 seguem adimplentes e cumprem o cronograma de plantio. A resiliência operacional, associada ao perfil de garantias e à diversificação, sustenta a manutenção dos proventos e a perspectiva de estabilidade para o fundo no curto prazo.