O SNAG11 manteve pelo segundo mês consecutivo a distribuição de dividendos em seu maior patamar desde o início das operações, pagando R$ 0,13 por cota. O anúncio reforça a estratégia do Fiagro da Suno Asset, focado em crédito agrícola, e sustenta o apelo do fundo para investidores que buscam renda recorrente no agronegócio.
Impulsionado pela decisão, o preço das cotas atingiu a máxima histórica ajustada por proventos, negociando acima de R$ 10,70 durante grande parte do pregão. Esse movimento confirma o momento positivo do fundo no mercado secundário, com liquidez consistente.
Considerando o fechamento de R$ 10,17 em 28 de novembro, o yield mensal ficou em 1,28%, enquanto o acumulado de dezembro já supera 5,5% de valorização. Em termos anualizados, o retorno ultrapassou 17% em novembro, reflexo do desconto observado até outubro, quando as cotas eram negociadas abaixo de R$ 10 — um fator que elevou o carrego para novos cotistas.
O pagamento será efetuado em 23 de dezembro, respeitando a posição ao fim do pregão de segunda-feira (15). Quem comprar até essa data terá direito aos proventos, reforçando a previsibilidade do calendário do fundo e a relevância da data de corte para a estratégia de renda.
SNAG11: adimplência total e carteira diversificada
Em uma semana marcada por ruídos no mercado de Fiagros, após a aprovação do plano de recuperação judicial da Belagricola, o SNAG11 não foi afetado. Enquanto o JGPX11 informou ter cerca de 5% do PL exposto a CRAs da empresa, indicou que não espera impacto em seus proventos.
Com patrimônio líquido de R$ 628 milhões, o fundo reporta 100% de adimplência. Em outubro, gerou lucro suficiente para elevar a distribuição e ampliar reservas para R$ 0,156 por cota. A carteira soma 264 devedores, com spread médio de CDI + 3,69% e duration de 4,84 anos, financiando principalmente soja e laticínios. Entre as posições, destaca-se o CRA da Leitíssimo, equivalente a 9% do patrimônio.
O IBGE projeta que a produção de soja de 2026 supere em 1% a safra de 2025, passando de 165,9 para 167,5 milhões de toneladas. No comércio exterior, as exportações do agronegócio cresceram 25,8% em novembro, totalizando US$ 5,65 bilhões, e acumulam alta de 5,0% no ano, para US$ 71,95 bilhões — cenário que favorece o crédito agro e sustenta o último ciclo de desempenho do fundo.
